Você já se perguntou se, para ser um grande líder, precisa se encaixar em um molde pré-definido? Talvez imitar um CEO famoso, falar de uma certa maneira ou adotar uma postura que não é, de fato, a sua. Contudo, a verdade é que, no mundo da liderança moderna, a autenticidade é a nova moeda de valor. Afinal, as pessoas não se conectam com máscaras, mas com pessoas reais. No entanto, essa jornada de ser autêntico também carrega seus próprios riscos.
Neste artigo, vamos mergulhar no conceito da liderança autêntica, explorando a dualidade fascinante de ser você mesmo. Você entenderá por que a autenticidade é sua maior força, capaz de construir confiança e lealdade genuínas. Além disso, desvendaremos as armadilhas e fraquezas que vêm com essa abordagem, garantindo que sua vulnerabilidade não se torne um ponto fraco. Prepare-se para uma conversa honesta que pode redefinir sua trajetória de liderança, trocando a busca pela perfeição pela busca pela sua melhor versão.
O que é liderança autêntica? a base para a confiança
A liderança autêntica é um estilo que se concentra em liderar com base nos seus valores, princípios e propósito, de forma transparente e genuína. Em outras palavras, trata-se de alinhar quem você é por dentro com o que você faz e comunica por fora.
Segundo o modelo de Bill George, autor do renomado livro “Authentic Leadership”, a liderança autêntica se baseia em cinco pilares:
- Propósito: Saber o “porquê” de sua liderança e agir com base nisso.
- Valores: Compreender seus valores e usá-los como bússola para suas decisões.
- Coração: Manter-se conectado com o seu lado humano e ter empatia.
- Relacionamentos: Construir conexões profundas e duradouras, baseadas em confiança.
- Autodisciplina: Agir de forma consistente e com responsabilidade, não se deixando levar por impulsos.
Em suma, a liderança autêntica começa com o autoconhecimento, pois apenas quando você se conhece verdadeiramente, pode liderar a partir de sua essência.
A força da autenticidade: por que ela inspira
A autenticidade é um superpoder na liderança. Primeiramente, ela gera confiança. Quando sua equipe percebe que você é transparente, consistente e age com integridade, eles se sentem seguros e engajados. Isso, portanto, cria um ambiente de segurança psicológica, onde as pessoas se sentem à vontade para expressar ideias e cometer erros sem medo.
Além disso, a autenticidade inspira lealdade e compromisso. As pessoas não se dedicam a logotipos de empresas, mas a líderes que eles respeitam e em quem confiam. Um líder autêntico mostra vulnerabilidade quando necessário, admitindo erros e pedindo ajuda. Essa atitude humaniza a liderança, tornando-a mais acessível e inspiradora. A equipe, consequentemente, retribui com dedicação e um senso de propósito compartilhado.
Por exemplo, pense em um líder que mostra seu lado humano, compartilhando um desafio pessoal ou um erro cometido no passado. Essa atitude cria um senso de conexão profunda que a perfeição nunca poderia alcançar.
A fraqueza da autenticidade: as armadilhas a serem evitadas
Embora seja um pilar de sucesso, a autenticidade, se mal compreendida, pode se tornar uma fraqueza. É aqui que a linha tênue entre autenticidade e vulnerabilidade excessiva entra em jogo.
- Vulnerabilidade sem limites: Ser vulnerável é uma força, mas o excesso pode minar a sua autoridade. Compartilhar detalhes íntimos da vida pessoal, por exemplo, pode gerar desconforto ou fazer com que a equipe se preocupe com sua capacidade de liderar. A vulnerabilidade deve ser estratégica e purposeful, usada para construir pontes, e não para gerar simpatia.
- Transparência sem filtro: Um líder autêntico é transparente, mas isso não significa não ter filtro. Comunicar abertamente cada insegurança ou cada opinião não-filtrada pode causar ansiedade e incerteza no time. A transparência deve ser equilibrada com a responsabilidade e o discernimento.
- Rigidez em nome da “verdade”: Ser autêntico não é ser inflexível. Alguns líderes, por exemplo, se apegam tanto às suas opiniões que não se abrem para novas perspectivas, justificando sua rigidez com “essa sou eu”. A autenticidade exige um aprendizado contínuo, onde você está sempre disposto a crescer e a mudar.
Dessa forma, a liderança autêntica não é ser “eu mesmo” sem pensar, mas sim ser a sua melhor e mais consciente versão.
Como cultivar a liderança autêntica na sua jornada
A boa notícia é que a autenticidade é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Não é sobre encontrar uma nova personalidade, mas sobre liberar a sua de forma consciente e intencional.
Para cultivar a liderança autêntica:
- Invista no autoconhecimento: Comece por entender seus valores, suas paixões e seus pontos cegos. Use ferramentas como coaching, feedback de 360 graus e o MBTI.
- Seja consistente: Suas ações devem estar alinhadas com seus valores. A inconsistência é o maior inimigo da autenticidade.
- Desenvolva a inteligência emocional: Entenda e gerencie suas próprias emoções para que você possa liderar com calma e propósito, em vez de reagir a cada situação.
- Aprenda a ouvir: A liderança autêntica é um diálogo. Ouça sua equipe, seus pares e seus mentores. O feedback deles é um espelho para sua autenticidade.
Conclusão: a força de ser humano na liderança
A liderança autêntica é uma jornada de coragem. É o reconhecimento de que sua maior força reside não na sua capacidade de esconder suas fraquezas, mas na sua disposição de reconhecê-las e usá-las para se conectar de forma mais profunda. Ao abraçar sua autenticidade, você não apenas se torna um líder mais poderoso, mas também mais humano, mais realizado e capaz de construir legados que importam. Lembre-se: o mundo não precisa de outro líder perfeito, mas precisa de você.
Se você chegou até aqui, meus sinceros parabéns! Isso demonstra não só seu compromisso, mas também que você não está conformado com o status quo. Você está, com toda a certeza, pronto para virar a chave e iniciar essa transformação.
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Aline Bocardo
Sou Aline Bocardo, palestrante e mentora de líderes, especialista em Inteligência Artificial e Transformação Digital pelo MIT, e em Liderança pela Harvard. Sou referência em liderança 5.0, transformação digital e comportamento executivo moderno. Atuo há mais de 20 anos na gestão pública, privada e no terceiro setor, ajudando empresários e gestores a inovar com tecnologia, estratégia e impacto real.